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As mulheres no mercado imobiliário

A participação das mulheres no mercado imobiliário não para de crescer. De corretoras a arquitetas, por exemplo, elas estão em todos os setores. Embora a sua presença em cargos de liderança ainda seja reduzida.

O que mostra que os desafios ainda são muitos e o caminho em busca da igualdade é longo. Mas vale destacar que, até 1958, por lei, somente homens podiam ser corretores de imóveis. Ou seja, há menos de 70 anos que as mulheres podem atuar nesse mercado.

Quer saber como é a presença das mulheres na área e quais são os desafios da carreira? Descubra a seguir.

mulheres no mercado imobiliário

Participação feminina

Embora as mulheres possam atuar como corretoras desde o final dos anos 50, foi só na década de 90 que a presença feminina no setor começou a ganhar destaque.

Segundo pesquisas, de 2003 a 2013 o número de mulheres no mercado imobiliário cresceu 144%. E em 2020 elas já correspondiam a 49% do setor.

Por outro lado, enquanto na corretagem de imóveis a participação é equilibrada, em algumas profissões elas dominam. Em 2020, as arquitetas correspondiam a 61% e as designers de interiores a 59% dos profissionais nas suas áreas. Entretanto, na engenharia civil, apenas 23% eram mulheres em 2020.

Sobre a crescente participação das mulheres, Raquel Trevisan, Gerente de Marketing da Imóveis Crédito Real e membra do Instituto Mulheres do Imobiliário, diz que se orgulha da trajetória que vem sendo construída, mas ressalta a busca por espaço:

“Nosso mercado é muito feminino. Na CR, por exemplo, somos quase 80% dos funcionários. Nós, literalmente, fazemos o mercado imobiliário acontecer. Apesar disso, ainda precisamos ter mais espaço em palcos e lugares de destaque. O SOMA, nosso grande evento do Mulheres do Imobiliário e sempre apoiado pela Crédito Real, é um exemplo disso. Colocamos mulheres no palco para dar a visão feminina sobre nosso mercado. Temos um jeito diferente de vender, alugar e fazer gestão. A troca entre nós, mulheres, e os homens faz tudo ser mais rico e produtivo.”

Desafios das mulheres no mercado imobiliário

No entanto, apesar das conquistas recentes, o mercado imobiliário ainda impõe muitos desafios às mulheres que querem se destacar no setor.

Um dos maiores é a baixa presença feminina em cargos de liderança nas empresas, como diretorias, conselhos, entre outros. Segundo Raquel, “somos quase metade da força de trabalho de corretoras no Brasil, mas quando vamos para níveis superiores esse número reduz drasticamente. É o famoso ‘degrau quebrado’: crescemos na ascensão da carreira, mas quando perto de um cargo sênior paramos, ou porque nos tiram o degrau, ou porque ele é muito perigoso.  A Crédito Real é uma exceção, onde metade da diretoria é formada por mulheres”.

Relacionado a isso, a falta de igualdade no mercado imobiliário também é um desafio, seja pela diferença de salários ou até mesmo o nível de cobrança para homens e mulheres. Enquanto os homens costumam receber mais oportunidades, as mulheres precisam se esforçar ainda mais para subir.

Já quanto a salários, nos últimos anos a diferença salarial entre corretoras e corretores, com as mulheres recebendo menos, caiu de 19% (2010) para 17% (2020). O que ainda está longe do ideal, mas mostra um pequeno avanço na busca pela igualdade.

Além desses, outro grande desafio, especialmente para as mulheres que são mães, é a jornada dupla. Afinal, a necessidade de conciliar o trabalho e os cuidados com casa e família é uma realidade em muitos lares brasileiros.

Mais comum para as mulheres do que para os homens, o descanso é sacrificado para manter o ambiente familiar em ordem.  Assim, muitas mulheres acabam abrindo mão do crescimento profissional, sendo relatado por muitas delas as dificuldades para se restabelecer no mercado após a maternidade.

Por fim, o assédio e o machismo também são desafios enfrentados pelas mulheres. Sendo que a maior parte relata já ter sofrido algum tipo de assédio ou enfrentado casos de machismo, seja envolvendo colegas, chefes ou clientes.

Mulheres no mercado imobiliário em reunião

Um horizonte promissor

Na medida em que mais mulheres entram no mercado imobiliário, ele cresce e se fortalece. Assim, elas vão abrindo espaço para que outras cheguem, unindo-se e alcançando novos patamares antes restritos aos homens.

Por isso, manter-se atualizada, organizada e estar sempre em busca de aprender é fundamental para trilhar um caminho de sucesso no mercado.

Nesse sentido, a pesquisa do Mulheres do Imobiliário mostrou também que 78% das mulheres no setor possuem curso superior completo e pós-graduação, mestrado ou doutorado.

E vale ainda dizer que, em tempos de inteligência artificial, as competências humanas seguem em alta. É preciso entender de pessoas e do negócio, com proatividade e flexibilidade para se ajustar às mais diversas situações do dia a dia.

Por fim, Raquel deixa um recado para as mulheres que estão começando ou querem entrar nesse mundo:

“Acredite em si mesma e posicione-se. O imobiliário é um mercado exigente e, infelizmente, muito machista. Os homens realmente não possuem noção de como tudo pode ser mais difícil pra nós. Como uma corretora tem medo de ir mostrar um imóvel sozinha, por exemplo. Ou como a mulher precisa se impor para ser respeitada num canteiro de obra. Também diria que ela não está sozinha. Somos muitas e temos que nos unir. Venha pro @mulheresdoimobiliario. No IMI nos apoiamos e entendemos.”

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