O mercado imobiliário brasileiro se prepara para um ano de mudanças e oportunidades. Com a perspectiva de queda gradual da taxa Selic, implementação da reforma tributária e um cenário eleitoral à vista, 2026 exigirá uma preparação ainda mais estratégica do setor.
E para entender melhor o que está por vir, conversamos com os diretores da Imóveis Crédito Real, que compartilharam suas visões sobre o mercado.
Ideias principais
- 2026 será um ano movimentado no mercado imobiliário, com eleições, Copa do Mundo e início da reforma tributária.
- A queda gradual da Selic deve impulsionar os negócios e aumentar a confiança dos consumidores.
- Aluguéis devem ganhar novo fôlego após um 2025 desafiador.
- A gestão de condomínios enfrentará pressão de custos, exigindo ainda mais eficiência.
- Adoção de tecnologias e inteligência artificial será decisiva para ganhos de produtividade e competitividade no setor.
Como será 2026 para o mercado imobiliário?
Para Carlos Eduardo Ruschel, CEO da Imóveis Crédito Real, 2026 apresenta um cenário complexo, mas promissor. “O ano de 2026 tem aspectos especiais a serem considerados em uma avaliação”, destaca o executivo.
Segundo ele, algumas ondas já existentes continuarão desafiadoras, como a transformação digital, a inteligência artificial e as mudanças no comportamento do consumidor e das famílias. Além do aumento da longevidade e das incertezas político-econômicas.
Ruschel aponta que aspectos particulares do momento também merecem atenção. “Será um ano de eleição, Copa do Mundo, início da transição da reforma tributária, manutenção de taxas de juros elevada e um crescente endividamento das famílias”.
Segundo o Boletim Focus, a expectativa é que a Selic, atualmente em 15% ao ano, caia gradualmente para próximo de 12,25% até o fim de 2026. Essa perspectiva de redução nos juros é um dos fatores que animam o mercado.
Por outro lado, o CEO vê movimento importante no crédito imobiliário que deve impulsionar os negócios de vendas, movimentando também o mercado de locações. “De minha parte, entendo como um ano de oportunidades e de maturidade de nossas propostas de valor para locação, administração de locação e de franquias”, conclui.
Como ficam as vendas de imóveis em 2026?
Uggo Angioletti, Diretor de Vendas e Franquias da Crédito Real, demonstra otimismo em relação ao segmento de compra e venda. “Eu particularmente vejo um cenário muito melhor que 2025”, afirma.
Segundo Uggo, a redução das taxas de juros poderá tornar financiamentos mais acessíveis, estimulando a compra em vez do aluguel.
O diretor destaca outro fator importante: o ano de eleições. “Estaremos em um ano eleitoral onde certamente muito crédito será disponibilizado no mercado, o que repercutirá em novos negócios”, explica. Essa combinação de fatores deve criar um ambiente mais favorável para as transações imobiliárias.
Além disso, ele também ressalta a evolução e a maturidade da rede de franquias da Crédito Real, pronta para aproveitar a melhora do mercado.
O mercado de locações vai se recuperar?
No aluguel de imóveis, Keli Queiroz, Diretora de Locações, destaca o quanto 2025 foi desafiador para o setor, com a conversão não acompanhando o ritmo da demanda existente.
Nesse caso, a diretora identifica um comportamento específico do consumidor: “O que percebo, de forma muito clara, é que as famílias estão com uma preocupação maior do que o cenário realmente exige”. Ela explica que há um medo generalizado de tomar decisões, mesmo quando a locação seria a alternativa mais leve, mais segura e mais flexível para o momento atual.
Entretanto, entre 2016 e 2024, dados do IBGE mostram que a fatia de domicílios alugados no Brasil subiu de 18,4% para 23%, passando de 12,3 milhões para 17,8 milhões de lares, evidenciando o crescimento do setor no período.
Assim, para Keli, 2026 deve ser de retomada, com a esperada redução dos juros e o aumento da confiança por parte das pessoas.
Além disso, a diretora observa tendências importantes no comportamento dos locatários: “Na Crédito Real, a gente vive isso na prática. Observamos a procura por imóveis menores, funcionais, bem localizados, e sentimos o quanto a digitalização tem ajudado a tornar o processo mais rápido e menos burocrático”.
Por fim, ela diz que segue otimista, acreditando que 2026 será mais leve para o mercado e para as famílias, permitindo que cada pessoa encontre o lar que faz sentido para o seu momento de vida.
Gestão de condomínios: o que os síndicos devem esperar?
Já no setor condominial, Cíntia Monguilhott, Diretora de Condomínios, adota uma postura mais cautelosa. “Vejo 2026 como um ano que exigirá ainda mais atenção dos gestores”, avalia.
Segundo ela, entramos em um ciclo de incertezas impulsionado por eleições, possíveis pressões fiscais e reflexos diretos na taxa de juros. “Isso afeta de forma imediata o custo de operação dos condomínios e a capacidade das famílias de assumir compromissos financeiros”, pontua.
Com o início da transição da reforma tributária em 2026, que implementa os novos tributos IBS e CBS, é provável que ocorra aumento de taxas condominiais. Assim elas precisarão ser reajustadas para equilibrar a nova realidade de custos.
Apesar dos desafios, Cíntia enxerga espaço para diferenciação pela qualidade da gestão. “Ao mesmo tempo, percebo que os condomínios estão cada vez mais focados em economia e gestão responsável”, observa.
E é aí que a Crédito Real se diferencia. “Entregamos alternativas reais para reduzir despesas e aumentar eficiência, como energia compartilhada, iniciativas ESG, gestão financeira com compliance e projetos que geram impacto direto no caixa do condomínio”.
Entre as principais tendências para 2026 estão o uso de energia solar e iluminação LED, investimentos em eficiência energética que reduzem custos e melhoram a sustentabilidade dos condomínios.
“Acredito que 2026 não será um ano leve, mas será um ano de escolhas inteligentes. E quem investir em boa gestão vai atravessar esse período com mais segurança”, conclui a diretora.
Como a reforma tributária afeta o mercado imobiliário?
Um dos aspectos mais relevantes para 2026 é o início da transição da reforma tributária. Ruschel destaca que a transição da reforma tributária deve estar em pleno entendimento e aplicação, mantendo o negócio sadio e alinhado com as necessidades regulatórias e fiscais.
O ano de 2026 será de testes do novo sistema tributário para empresas, com alíquotas reduzidas enquanto o mercado se adapta. Além disso, a alíquota de teste, que será de 1% sobre bens e serviços, terá o valor descontado de outros impostos pagos, mantendo o total sem alteração.
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Tecnologia e digitalização: essenciais para 2026
Além de tudo isso, há ainda a necessidade de adoção acelerada de tecnologias de IA. Ruschel enfatiza que as empresas precisam estar preparadas, “com ferramentas e portais adequados, assim como equipe de corretores e franquias preparadas para o uso de tecnologias de inteligência artificial na automação e desenvolvimento de novos serviços”.
Plataformas digitais e aplicativos de gestão, como o Conecte-se da Crédito Real (iOS e Android), já são essenciais. Mas em 2026 espera-se que a automação avance em diversos processos, melhorando a experiência dos clientes e a eficiência operacional.
A Imóveis Crédito Real está preparada?
A visão integrada dos quatro diretores mostra que a Imóveis Crédito Real não apenas acompanha as tendências do mercado, mas se antecipa a elas.
Com soluções para cada segmento em que atua, nas vendas, locações, condomínios e franquias, a empresa se posiciona como parceira estratégica de quem busca navegar com segurança pelas mudanças de 2026.
“A operação das empresas precisa estar alinhada a este cenário”, resume Ruschel. E é exatamente isso que a Crédito Real oferece, com conhecimento de mercado e soluções práticas para os desafios que virão.
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