Compreender as funções do síndico e dos moradores, pontuadas na Lei do Condomínio, é um passo importante para manter uma gestão eficiente e uma convivência harmoniosa. Em um condomínio, cada pessoa tem responsabilidades que influenciam diretamente no bem-estar coletivo. O síndico atua como administrador, enquanto os condôminos precisam seguir as regras e colaborar com o dia a dia da comunidade.
Neste conteúdo, você vai entender quais são as atribuições do síndico, os direitos e deveres dos moradores, como funcionam as normas internas e de que forma os conflitos podem ser resolvidos com diálogo e respeito mútuo.
Acompanhe a leitura e veja como contribuir para um ambiente mais organizado, seguro e agradável para todos.
Qual é o papel do síndico no condomínio?
O síndico é uma figura central na administração condominial, com deveres legais bem definidos e responsabilidade direta sobre a gestão e a convivência no prédio. Então, sua atuação é fundamental para garantir o bom funcionamento do edifício e o cumprimento das decisões da assembleia no condomínio.
Entre as obrigações do síndico, destacam-se:
- Gestão financeira: o síndico deve arrecadar as contribuições dos condôminos, prestar contas e aplicar os recursos de forma adequada, sempre prezando pela transparência;
- Representação legal: ele representa o condomínio ativa e passivamente, inclusive em processos judiciais e extrajudiciais;
- Execução das decisões da assembleia: cabe ao síndico cumprir e fazer cumprir as deliberações tomadas pelos condôminos em assembleia geral;
- Fiscalização e manutenção: o síndico deve zelar pela conservação e segurança das áreas comuns, fiscalizando obras e serviços contratados;
- Mediação de conflitos: ele atua como intermediador de conflitos entre vizinhos, buscando soluções pacíficas e respeitando as normas do regimento interno.
Essas atribuições estão previstas no artigo 1.348 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), que regulamenta a atuação do síndico nos condomínios edilícios. O síndico pode ser um condômino ou uma pessoa externa contratada, com ou sem remuneração, conforme decisão da assembleia. Essas atribuições estão previstas no artigo 1.348 do Código Civil (Lei n.º 10.406/2002).

Quais são os direitos e deveres dos moradores?
Os moradores de um condomínio têm seus direitos e deveres definidos pelo Código Civil (Lei n.º 10.406/2002), especialmente nos artigos 1.331 a 1.358, que tratam do condomínio edilício. Eles podem usufruir livremente de sua unidade e das áreas comuns, desde que respeitem as normas do regimento interno, da convenção condominial e as decisões aprovadas em assembleia. Os moradores de um condomínio têm seus direitos e deveres definidos pelo Código Civil (Lei n.º 10.406/2002)
Entre os direitos dos moradores, destacam-se:
- Usar e desfrutar das áreas comuns, desde que não prejudiquem os demais moradores;
- Participar e votar nas assembleias, opinando sobre decisões que impactam o condomínio, desde que quite as suas contribuições;
- Ser informado sobre a gestão financeira, tendo acesso às contas e relatórios do síndico.
Já entre os deveres, estão:
- Cumprir o regimento interno e respeitar as normas de convivência;
- Contribuir com as despesas do condomínio, por meio do pagamento da cota condominial;
- Zelar pela segurança, sossego e salubridade, evitando barulhos excessivos, danos e comportamentos inadequados;
- Não alterar a forma externa da fachada ou fazer obras que comprometam a estrutura sem autorização.
Lembrando que o descumprimento dessas obrigações pode acarretar advertências, multas e até restrições em caso de inadimplência, como a proibição de votar em assembleia.
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Como funciona a Lei do Condomínio?
O Código Civil (Lei n.º 10.406/2002, arts. 1.331 a 1.358) é a principal norma que rege os condomínios no Brasil, tendo substituído grande parte das disposições da Lei n.º 4.591/1964. Ele estabelece os direitos, deveres, estrutura administrativa e formas de convivência entre os condôminos, além de reconhecer a importância da convenção e do regimento interno como instrumentos normativos internos.
De forma geral, a lei trata dos seguintes pontos:
- Criação do condomínio: estabelece como deve ser feita a instituição do condomínio e o registro da convenção em cartório;
- Direitos e deveres dos condôminos: regula o uso das unidades privativas e áreas comuns, a participação nas decisões e o pagamento das despesas;
- Papel do síndico e da assembleia: define as funções do síndico, do corpo diretivo e o funcionamento das assembleias gerais;
- Penalidades e inadimplência: prevê a aplicação de advertências, multas e restrições em caso de descumprimento das regras ou inadimplência.
Além da lei, cada condomínio deve ter uma convenção condominial, que funciona como uma “constituição interna” com regras sobre administração, quóruns para decisões, rateio de despesas, entre outros. Já o regimento interno do condomínio trata das normas de convivência, como horários de uso das áreas comuns, regras para barulho, animais de estimação, reformas etc.
Esses documentos são fundamentais para garantir a ordem e a harmonia no convívio entre os moradores, sempre com base na legislação vigente.
O que não é função do síndico no condomínio?
Embora o síndico tenha papel central na administração do condomínio, há limites para sua atuação. Afinal, ele não deve interferir em situações que não envolvam o coletivo ou que ultrapassem sua competência legal e administrativa.
Veja alguns exemplos do que não é responsabilidades do síndico:
Conflitos pessoais entre vizinhos
Desentendimentos que não afetam a coletividade, como brigas por motivos particulares, por exemplo, devem ser resolvidos diretamente entre as partes ou, se necessário, por meios legais. O síndico só deve intervir se houver desrespeito às regras do condomínio.
Decisões que cabem à assembleia
O síndico não pode tomar decisões que dependem de aprovação dos condôminos, como mudanças estruturais, aumento de taxa condominial ou contratações de grande impacto financeiro. Nesses casos, ele deve convocar assembleia e respeitar o quórum previsto.
Assumir responsabilidades de órgãos públicos
O síndico não é responsável por fiscalizar documentos pessoais de moradores, julgar questões criminais ou impor penalidades fora do escopo condominial.
Interferir no interior das unidades
Salvo em situações de risco à segurança, saúde ou estrutura do prédio (como vazamentos ou obras irregulares), o síndico não pode entrar nas unidades nem interferir em assuntos particulares dos moradores.
Como lidar com conflitos em condomínio? Veja 5 ideias
Conflitos em condomínio são comuns, mas podem ser evitados ou resolvidos com diálogo, bom senso e respeito às regras. Dessa forma, o papel do síndico e dos moradores é buscar soluções pacíficas, sempre com base na legislação, na convenção e no regimento interno.
Confira algumas ideias para lidar com essas situações:
- Priorize o diálogo direto: em primeiro lugar, antes de envolver o síndico ou a administração, moradores devem tentar conversar de forma respeitosa e clara. Muitas vezes, a simples conversa resolve o problema;
- Atue como mediador, não como juiz: o síndico pode intermediar conversas, mas sem tomar partido. Sua função é garantir que as normas sejam respeitadas, não julgar questões pessoais;
- Use o regimento como referência: regras claras evitam discussões. Sempre que houver dúvida, consulte o regimento interno e a convenção para embasar a orientação ou a cobrança;
- Registre reclamações com educação: quando o diálogo não resolve, moradores podem formalizar a queixa com a administração. O ideal é manter o tom objetivo e respeitoso;
- Evite confrontos diretos: discussões acaloradas costumam piorar a convivência. Se necessário, busque apoio profissional, como uma mediação externa ou orientação jurídica.
Condomínio é um espaço coletivo. Resolver conflitos de forma construtiva fortalece o respeito entre vizinhos e contribui para um ambiente mais harmonioso e seguro para todos.
Entenda, respeite e colabore: o caminho para um bom convívio
Viver em condomínio exige mais do que seguir regras — exige respeito, responsabilidade e cooperação. Conhecer as regras, o síndico e os deveres dos moradores ajuda a manter a ordem e a boa convivência.
Quando cada um faz a sua parte, o dia a dia no condomínio se torna mais leve, seguro e organizado. Assim, diálogo, mediação e respeito às normas ajudam a evitar conflitos e fortalecem a convivência no condomínio.
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